quinta-feira, 12 de junho de 2008

Deixem-me ensinar...

Após ter editado uma avalanche de mensagens no início, tive de me recolher ... Travail oblige.
Efectivamente, estou atolada em trabalho: correcção de testes, conferência de pautas, resolução de problemas com a minha Direcção de Turma... ( Socorro, help me!!!) E dizem que não há nada melhor que a vida de professor.
Permitem-me discordar... Trabalho é o que a malta tem mais ( chu chu beleza !!!!).Não acreditem?... Problema é vosso, mas não há muitas profissão por ai em que o trabalhador leva constantemente trabalho para casa, dorme poucas horas e não tem as horas extraordinárias renumeradas.
Gostaria de saber quantas pessoas consegueriam aguentar o nosso ritmo profissional...Poucas...Não é por nada que muitos profissionais da educação, principalmente professores, recorram a Psicólogos e , por vezes, psiquiatras.O ser humano só vê aquilo que inveja. No nosso caso, são as férias.As pessoas esquecem que as coisas não surjam do nada. Temos dias de passar doze horas na escola ou mais.Todos alinham e cumprem.Tem de estar tudo preparado antes dos nosso vinte e cinco dias de descanço merecido .
Quanto mais acumulo anos de serviços, mais me apercebo que me tornei uma funcionária administrativa e não uma professora.
Estamos cada vez mais atolados em papéis: Plano Curricular de Turma...Planos de recuperação...Planos de Acompanhamento...Carta para Encarregados de Educação...etc.Tem de ficar tudo justificadinho. Preciso de uma acessora urgentemente... de preferência a tempo inteiro. Preciso urgentemente de uma especialista em Psicologia para me dar estratégias para lidar com determinadas situações criadas pelos meus alunos ou pais. Ah! Esqueci-me tenho uma filha e os meus outros meninosSim, porque nós, professores, somos isto tudo não só para os nossos mas também para os outros.Devemos ser um pilar para a nossa família ( o que é normal) e para os outros quando não há ninguém para sê-lo. É triste ver alunos « abandonados» pelas suas famílias.

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